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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Passionis



“Vós que me ledes, por certo estais entre os vivos, mas eu que escrevo, terei partido há muito para a região das sombras. Porque de fato estranhas coisas acontecerão, e coisas secretas serão conhecidas, e muitos séculos passarão, antes que estas memórias caiam sob vistas humanas. E ao serem lidas, alguém haverá que nelas não acredite, alguém que delas duvide, e, contudo, uns poucos encontrarão muito motivo de reflexão nos caracteres aqui gravados, com estilete de ferro”. (Edgar Alan Poe)

            Não gostaria que dessem crédito para história que vou narrar de um caso tão extraordinário que até mesmo eu me nego a aceitar. Creio que não foi um sonho e nem que estou ficando louco, amanhã talvez quem sabe posso estar morto e meu espírito não ficaria sossegado sem apresentar para todos essa história.
            No principio criou Deus os céus e a terra, nesse intermédio da “criação do Mundo” acontece a batalha entre os anjos liderados por Miguel e os anjos liderados por Lúcifer. Quando Deus estava planejando criar a terra e povoá-la de seres vivos, dentre esses seres teria o casal de cada animal e um casal de seres humanos que viriam a povoar o mundo e que seriam a imagem e semelhança de Deus.
            Antes de acontecer a batalha nos céus, os anjos viviam em harmônia com o seu pai.  Até o dia em que ele resolve criar um mundo e colocar nesse novo mundo seres vivos que poderiam escolher as suas ações. Foi quando Lúcifer começou a ser corrompido por um Querubim chamado Astaroth, os querubins são uma  das classes celestiais que estão mais próximos de Deus. Então Astaroth lhe disse:
-        Por que você não é o Senhor? Vendo que nosso pai não nos quer mais, planejando criar esses seres que serão a imagem e semelhança dele.
            Lúcifer com uma voz mansa responde:
-        Não tenho tal pretensão e tamanho poder para ser Senhor de tudo.
            Da mesma forma que Astaroth, Lúcifer também era um Querubim com uma aparência delicada, traços finos, pele branca, cabelos curtos e negros como a mais escura noite, os olhos com a íris vermelha e possuidor de quatro asas. E Astaroth sendo também um Querubim seu corpo é de homem com quatro asas e embaixo das asas braços de homem e a cabeça de boi, Astaroth tenta seduzir Lúcifer:
-        Você é o mais jovem e o favorito de nosso pai, de todos nós você é o único que ele não desconfiaria. Dentre nós existem vários que não concordam com que ele esta fazendo, criando esse mundo e habitando-o com seres que terão livre-arbítrio e que vão fazer o que bem entender sem consultar o pai criador.
            Lúcifer com uma expressão de dúvida pensa: “e se eu pudesse tomar o trono de meu pai e impedir que isso prossiga? Dar vida para criaturas que não vão consultá-lo antes de tomar qualquer ação.” Então Astaroth percebendo uma certa dúvida de Lúcifer e o interessante fato de poder tomar o trono do pai para impedi-lo, resolve investir mais dizendo:
-        Sou apenas um de vários de nossos irmãos o que eu quero é simplesmente o bem de todos nós.
Essas palavras soaram para Lúcifer como um trovão, fazendo-o refletir novamente; “Tenho a chance de mudar o futuro de todos os meus irmãos, somente indo contra o desejo de meu pai, ou lutar contra tal desejo?” Então Lúcifer com uma inquietude que Astaroth jamais havia visto lhe pergunta:
-        Astaroth, meu irmão, temos mesmo que lutar contra o desejo de nosso pai?”
E com uma voz fria Astaroth responde:
-        Sim, irmão devemos lutar contra o que nosso pai está fazendo, criar um mundo e colocar nele seres que poderão escolher o que fazer, deixando nós que somos filhos dele e que realmente amamos em segundo plano? Nosso pai vai amar esses que serão mortais e eles nunca o amaram da forma que ele deve ser amado.”
            Lúcifer assim que Astaroth termina de responder diz com uma voz rouca:
-        Irmão, então eu lutarei essa batalha.
Desta forma as hostes estavam frente a frente, não foram todos os anjos que escolheram um lado da batalha, muitos estavam neutros.
De um lado Miguel e do outro Lúcifer, Miguel diz:

- Irmão, ainda á tempo para desistir de tudo isso. Não vá contra a vontade de nosso pai.
E Lúcifer diz:
- Não é somente a minha vontade irmão e de uma forma ou de outra isso deve ser feito.
            Assim que Lúcifer termina a sua fala Miguel ordena a sua legião de anjos para atacar os anjos que estão do lado de Lúcifer. A batalha começa com os anjos usando lanças, espadas e escudos digladiando-se uns aos outros, dos dois lados muitos foram para o chão. E então Lúcifer e Miguel começam a batalha entre si, ambos desferindo golpes um após o outro. Até o momento em que Lúcifer derruba Miguel e pronto para dar o golpe de misericórdia surge Deus e diz:
- Meu filho por quê se corrompestes? Você era um querubim da guarda ungido, por que quis se assemelhar ao meu poder?
            E Lúcifer ameaçando dar cabo a existência de Miguel responde:
            - Pai altíssimo não perdi o respeito pelo seu poder, só não quero a criação desses novos seres.
            E Deus então diz:
- Solte o seu irmão, que arremessarei você e os seus seguidores para esse novo mundo, vocês terão que conviver com os meus novos filhos e não poderão tocá-los. E vocês meus filhos que não tomaram nenhum lado também serão lançados.
E assim todos os anjos que se rebelaram contra o desejo de Deus e até mesmo os que não esboçaram nenhum desejo foram lançados para o novo mundo.

domingo, 30 de dezembro de 2012

É um pássaro? É um avião?

         O super-homem ao longo da história surgiu primeiramente com a conceitualização filosófica  de um dos maiores filósofos pós-moderno, Friedrich Wilhelm Nietzsche, em seu livro “Assim falou Zaratustra”, escrito entre 1883 e 1885, com o termo em alemão Übermensch que também pode ser traduzido como além do humano ou sobre-humano. Outro alemão que utilizou do super-homem, mas sem um teor filosófico foi o romancista e filósofo Johan Wolfgang Von Goethe, em seu livro “Fausto”, que conta a história de Dr. Fausto um médico que vende a sua alma para um demônio chamado Mefistofóles em troca de poder e riquezas.

            O super-homem de Nietzsche teria uma educação eugênica, um homem que parte da afirmação da morte, que inventa a si mesmo sem partir de um modelo predefinido, um homem que sabe lidar com os conflitos de sua vida e que não atribui isso a nenhum deus, nem a moral, nem ao professor e nem aos pais. O super-homem nietzscheneano esta além do bem do mal, da moral e da moralidade, além da sociedade, é um homem forte e em busca do poder, um homem que esta sempre se superando.  Um homem que está apto para construir a si próprio e se reconhece o que seria a superação do homem comum.
            Antes da criação do Super-Homem pelos amigos de escola e com descendência judaica Jerome Siegel e Joseph Shuter em 1933, o povo estadunidense tinha passado pela Primeira Guerra Mundial vendendo armas, o que fez alavancar a economia. Até chegar a Quinta-feira Negra de 1929, onde houve a falência e desemprego de milhares de pessoas.
            O povo estadunidense passava por problemas de autoafirmação e sobrevivência, então nesse ambiente surge o personagem que viria à ser o Super-Homem, esse personagem tinha impressionantes poderes mentais que utilizava para o mal. E teve a sua história lançada com o título “O reino do Super-Homem”, de todos os poderes que esse personagem tinha o futuro Super-Homem herdou somente a Super visão.
            Em 1938 em um cenário que anunciava a Segunda Guerra Mundial surge o Super-Homem que conhecemos atualmente, para exaltar os valores norte-americanos com o seu lema: “Defender a verdade, a Justiça, e a América” ou “Pela verdade, pela Justiça a maneira americana”. Os poderes do Super-Homem foram adquiridos granças ao Sol amarelo, ele funciona como uma bateria solar recarregável e seus poderes são: Super força, Invulnerabilidade, Voo, Supervelocidade, Visão de raio-X, Visão de calor, Respiração Super-Humana (Sopro Congelante), Super Audição, Olfato sobre-humano e hipnose.
            O Super-Homem veio de um planeta chamado Krypton, enviado pelos seus pais Jor-El e Lora ainda bebê. Caiu na cidade de Smallville (conhecida como Pequenópolis) e foi encontrado por um casal chamado Jonathan e Martha Kent, que cuidou dele como se fosse seu próprio filho e foi educado na moral e ética norte-americana.
            Essa vinda do Super-Homem para o planeta Terra pode ser comparada com a história bíblica de Moisés, que é encontrado pela filha do Faraó em um cesto que boiava no rio Nilo. Mesmo sendo escravo foi criado como egípcio e quando chegou a idade adulta Moisés toma o lado dos hebreus e luta contra o Faraó. No caso de Moisés, o povo mais fraco produziu o herói. No caso do Super-Homem um raça superior produziu o Kal-El que foi encontrado em uma cesta, ou melhor uma nave e fica por aí as semelhanças entre os dois.
            As provações representam a sua morte simbólica para posteriormente renascer o herói, através da sua morte simbólica o herói passa a ter conhecimento de suas fraquezas e de suas forças para assim adquirir maturidade e conseguir passar pelos seus desafios durante a sua jornada. No caso de Moisés e Kal-El o seu renascimento é a partir do útero simbólico, a cesta e a nave.
            O Super-Homem usa a cueca por cima das calças não porque ele perdeu uma disputa de queda de braço para o Chuck Norris, mas na época em que foi criado as “Telecatch” ou lutas-lives estavam no seu auge.
            Se pensarmos no ato de vestirmos uma roupa como uma forma de ressaltar os nossos ideias ou até mesmo negá-los e até mesmo falar alto sobre a nossa sexualidade ou esconder embaixo de uma grossa camada de tecido, sendo uma forma de nos sentirmos inseridos em um grupo ou excluídos. O Super-Homem pede para a sua mãe adotiva Martha fazer a sua “fantasia” com o tecido que veio junto de sua nave com o brasão da família de Jor-El estampado no peito. Vestido desta forma ele se reconhece como um kryptoniano e na realidade a sua fantasia seria o humano Clark Kent um frágil, tímido e as vezes covarde humano, essa talvez possa ser uma crítica a todos os humanos que o Super-Homem faz.
            Levando em consideração o pensamento filosófico de Nietzsche o Super-Homem nada mais é do que a figura do Deus Apolo, que é a bela aparência, a serenidade e a ordem. Enquanto que o Deus Dioníso é a desmedida, a loucura e a embriaguez. Desta forma não é possível comparar o Übermensch com o Super-Homem, pois Clark Kent  (Kal-El) não vai contra a moral e a moralidade em que foi educado. No universo do Super-homem o seu arquirrival Lex Luthor seria a figura do Deus Dioníso em conflito com o Apolo. Luthor tem mais do Übermensch do que o próprio Super-Homem, nessa busca pela superação do homem comum Luthor chega a ser Presidente dos EUA.


segunda-feira, 26 de março de 2012

quinta-feira, 15 de março de 2012

sábado, 10 de março de 2012

É DEUS MAMÃE!


"Elvis não é o pai do ROCK."

 "Quando em público, use sutiã." (. _ .)

O Terrível Ancião


Era intenção de Ângelo Ricci, Joe Czanek e Manuel Silva fazerem uma visita ao Velho Ruim. Esse ancião morava sozinho em uma casa antiguíssima na Rua d’Água, perto do mar, e tinha a reputação de ser ao mesmo tempo muito rico e muito frágil. Tratava-se de uma combinação de qualidades muito atraentes para homens da profissão dos senhores Ricci, Czanek e Silva, que ganhavam a vida praticando aquela atividade que o tempo dignificou: o roubo.